terça-feira, 23 de março de 2010



Continua a intransigência do governo em relação às portagens nas
SCUTS. Nas últimas semanas têm sido levadas a cabo diversas acções
de luta contra esta injusta e irresponsável posição governamental, mas a verdade é que o problema se mantém.
No passado dia 26 de Fevereiro, os utilizadores das SCUTS brindaram os ouvidos moucos dos nossos governantes com um buzinão com o objectivo de mostrar o enorme descontentamento reinante entre o Povo e que a luta contra as portagens continua.
Também há sensivelmente um mês atrás, foi o próprio Presidente de Confederação do Comércio de Pontevedra (CCP) que veio alertar para os perigos inerentes à introdução das portagens na A28. O senhor José Manuel Alvariño menciona a “loucura” que é a introdução de portagens e alertou para o possível “desinvestimento” dos empresários galegos nas zonas em causa. No final da sua intervenção em Viana do Castelo apelou ainda a uma união “galaico-portuguesa” para travar a introdução de portagens na A28. Por que será que os nossos governantes só olham e seguem cegamente as opiniões vindas do estrangeiro quando os exemplos são péssimos?
Se sobre o embate económico negativo que a introdução de portagens nas SCUT’s irá provocar não restam quaisquer dúvidas, o que dizer sobre as “altenativas” à utilização das SCUT’s que o governo considera e propõe?
Examinemos um caso de “alternativa”: por exemplo a “alternativa” governamental à A28 que é a EN13 entre o Porto e Viana do Castelo. Para além de a espaços se encontrar num estado lastimável, tem 229 entroncamentos, 155 passadeiras, vários atravessamentos de localidades, garagens a sair directamente para a via, troços com passeios e circulação pedonal, habitações, comércio e, consequentemente, muitas
cargas e descargas. A “alternativa”, por exemplo, não permite o trânsito a pesados em todos os troços (veja-se o exemplo da Ponte de Viana); a “alternativa” nem sequer é considerada Estrada Nacional em alguns percursos. Em termos discursivos, as aspas não são suficientes para demonstrar o fraco carácter desta “alternativa”; aliás, o uso da palavra “alternativa” no contexto da Estrada Nacional 13 face ao IC1 deve ser encarado como um oxímoro e não como um caso de sinonímia.
Depois de analisar todos estes aspectos podemos perguntar ao governo quando é que terá fim a sua cegueira tirânica. Mas, claro, quem tem a resposta não é o governo, é o Povo. É na luta popular que está a solução. Eles (governo) fingem que ouvem e atendem mas, na realidade, têm por únicos objectivos ganhar tempo, desmobilizar a população e levar a água ao moinho de Bruxelas.
Nas circunstâncias presentes, em que não há transportes públicos de passageiros nem ferroviário de mercadorias capazes, a única posição possível é estar contra a implantação das novas portagens. Vamos pôr fim a mais este embuste, não podemos deixar que este roubo se torne real.

CONTRA AS NOVAS PORTAGENS!
APOIO ÀS INICIATIVAS ANTI-PORTAGENS!
BOICOTE AOS CHIPS NOS CARROS!

13 de Março de 2010
Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP

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